O Pirotécnico Zacarias, de Murilo Rubião, antes de uma obra literária, é um marco histórico que principia a fama de uma nova temática na literatura brasileira, o realismo fantástico. Apesar de Murilo Rubião ter publicado “O ex-mágico” em 1947, foi só com “O Pirotécnico Zacarias”, em 1974, que o autor alcançou fama. O próprio Murilo Rubião surpreendeu-se ao ver sua obra qualificada, pela crítica, como de “inspiração kafkiana”, quando ele argumentava que jamais havia lido Franz Kafka até então. Eis um exemplo do péssimo hábito de alguns teóricos literários, que, ao falarem sobre determinado livro ou autor, insistem em alardear falsas verdades, quando estão apenas conjecturando ou apenas “viajando” para dar mais erudição ao que escrevem. Pois eu digo: Rubião é incomparável à Kafka, Borges ou Cortázar, embora estes tenham a fama mundial e tenham se tornado especialistas no gênero fantástico. Mas é que os textos de Rubião possuem traços só seus, genuínos, de uma peculiaridade inédita no Brasil. Além disso, Rubião é de uma leitura mais digestiva, fácil, acessível, contrariamente àqueles precursores do gênero. Rubião também dizia que não se preocupava com os finais de seus textos, por isso, sempre são surpreendentes e levam o leitor a participar do texto, refletindo sobre a situação humana e a cruel realidade em que vivemos, que, na maioria das vezes, nos passa despercebida. Uma outra característica de Murilo Rubião é que ele estava sempre lendo e reescrevendo seus textos, mesmo depois de publicados. Por isso, quando encontramos um livro, ou um conto de Rubião publicado em alguma coletânea, não devemos deixar de ler, achando que já conhecemos. Reler Murilo Rubião é sempre uma experiência inédita, rica e gratificante.
“Sobre o autor: Eugênio Murilo Rubião nasceu em Carmo de Minas. Fez seus primeiros estudos em Conceição do Rio Verde e conclui-os depois em Belo Horizonte. Ingressou na Faculdade de Direito, formando-se em 1942. O jornalismo sempre o seduziu, tornou-se redator da Folha de Minas e diretor da Rádio Inconfidência. Em 1947, lançou seu primeiro livro de contos, O ex-mágico, que não teve maior repercussão na época. A partir de então, ingressou no mundo da política, sempre como assessor. Em 1951, ocupou a função de chefe de gabinete do governador Juscelino Kubitschek. Entre 1956 e 1961, exerceu o cargo de adido cultural do Brasil na Espanha. Em 1966 foi designado para organizar o suplemento literário do jornal O Estado de Minas Gerais, que se tornou um dos melhores órgãos de imprensa cultural já surgidos no país. A publicação de O pirotécnico Zacarias, em 1974, deu súbita fama a Murilo Rubião. Nos anos subseqüentes, a sua exígua obra passou a ser vista como a mais significativa manifestação da literatura fantástica no Brasil. Obras principais: O ex-mágico (1947); O pirotécnico Zacarias (1974); O convidado (1974). (Fonte http://pt.wikipedia.org/wiki/Murilo_Rubião)”
“Sobre o autor: Eugênio Murilo Rubião nasceu em Carmo de Minas. Fez seus primeiros estudos em Conceição do Rio Verde e conclui-os depois em Belo Horizonte. Ingressou na Faculdade de Direito, formando-se em 1942. O jornalismo sempre o seduziu, tornou-se redator da Folha de Minas e diretor da Rádio Inconfidência. Em 1947, lançou seu primeiro livro de contos, O ex-mágico, que não teve maior repercussão na época. A partir de então, ingressou no mundo da política, sempre como assessor. Em 1951, ocupou a função de chefe de gabinete do governador Juscelino Kubitschek. Entre 1956 e 1961, exerceu o cargo de adido cultural do Brasil na Espanha. Em 1966 foi designado para organizar o suplemento literário do jornal O Estado de Minas Gerais, que se tornou um dos melhores órgãos de imprensa cultural já surgidos no país. A publicação de O pirotécnico Zacarias, em 1974, deu súbita fama a Murilo Rubião. Nos anos subseqüentes, a sua exígua obra passou a ser vista como a mais significativa manifestação da literatura fantástica no Brasil. Obras principais: O ex-mágico (1947); O pirotécnico Zacarias (1974); O convidado (1974). (Fonte http://pt.wikipedia.org/wiki/Murilo_Rubião)”