Um desafio: ler "Ulisses", de James Joyce.
"Ulysses é um épico do século XX.
Um dia na vida de Leopold Bloom. Exteriormente, um homem comum, um bom pai de família, um marido dedicado; interiormente, um turbilhão de pensamentos e sentimentos. Joyce recria a saga do legendário herói grego Odisseu (Ulisses no seu correspondente latino) na sua tentativa de voltar para casa. Bloom é Ulisses; sua casa, Ítaca; sua esposa, Penélope.
No entanto, os valores são invertidos. Leopold não é nenhum herói do sentido exato da palavra; ele vaga pelas ruas de sua cidade como faz todos os dias. Em dezoito capítulos, ele revive, do seu modo, as peripécias da "Odisséia". Ele enfrenta os Cíclopes da ignorância, a tentação da calcinha da adolescente Nausícaa e a magia e sedução de Circe, representada por um animado prostíbulo.
Repleto de elementos autobiográficos, o próprio Leopold pode ser identificado com o Joyce maduro, enquanto que Stephen Dedalus (a mesma personagem de "O Retrato do Artista Quando Jovem) com o impetuoso e prepotende Joyce da juventude.
Considerado por alguns críticos como a obra mais importante do século XX, "Ulysses" é um monumento dos tempos modernos. Nela estão presentes todos os elementos, agradáveis ou insossos, deste século entremeado por duas grandes guerras - o antisemitismo, a erotização, o racionalismo cientificista, o adultério, as falsidade das relações sociais.
Para muitos, lê-la não é uma tarefa fácil, mas é certamente recompensadora.
Marcadores: James Joyce, Leopold Bloom, Odisseu, Stephen Dedalus, Ulysses, épico do século Um dia na vida de Leopold Bloom. Exteriormente, um homem comum, um bom pai de família, um marido dedicado; interiormente, um turbilhão de pensamentos e sentimentos. Joyce recria a saga do legendário herói grego Odisseu (Ulisses no seu correspondente latino) na sua tentativa de voltar para casa. Bloom é Ulisses; sua casa, Ítaca; sua esposa, Penélope.
No entanto, os valores são invertidos. Leopold não é nenhum herói do sentido exato da palavra; ele vaga pelas ruas de sua cidade como faz todos os dias. Em dezoito capítulos, ele revive, do seu modo, as peripécias da "Odisséia". Ele enfrenta os Cíclopes da ignorância, a tentação da calcinha da adolescente Nausícaa e a magia e sedução de Circe, representada por um animado prostíbulo.
Repleto de elementos autobiográficos, o próprio Leopold pode ser identificado com o Joyce maduro, enquanto que Stephen Dedalus (a mesma personagem de "O Retrato do Artista Quando Jovem) com o impetuoso e prepotende Joyce da juventude.
Considerado por alguns críticos como a obra mais importante do século XX, "Ulysses" é um monumento dos tempos modernos. Nela estão presentes todos os elementos, agradáveis ou insossos, deste século entremeado por duas grandes guerras - o antisemitismo, a erotização, o racionalismo cientificista, o adultério, as falsidade das relações sociais.
Para muitos, lê-la não é uma tarefa fácil, mas é certamente recompensadora.
7 comentários:
- Não li Ulisses...E não sei se conseguiria.Já fui muito interessado nesse tipo de mitologia, e até hoje dou o crédito aos contos gregos (e todos os outros similares) pelo fato de terem me inserido no lindo mundo da literatura... Mas quem sou eu pra dizer alguma coisa! adendo: ... Não entendi n-a-d-a do seu sistema de comentários! =) enfim, meu nome é Fábio, e o meu blog é o http://epistle.blogger.com.br/ ... Não repare, sou lerdo mesmo pra entender as coisas.
- Passasndo apra conferir (venho lá do Espancadores de Teclado). Seu comentário ao Ulisses é bom e tem o dom de despertar a curiosidade par alguém lê-lo, apesar de ter dito a verdade de que é uma leitura difícil. Uma braço, Alvaro. (http://sombrasesonhos.zip.net)
- Obrigado por seus comentários, Álvaro e Fábio. Devo confessar que eu também não entendi muito bem este sistema de comentários, já que estou utilizando o que o Blogger fornece. Mas quem estiver na dúvida, basta clicar em "Post Anonymously" e se identificar no final da mensagem (se quiser). Abraços para todos.
- Olá, sou o Raphael, e estou na metade do livro. Concordo com o professor no que diz respeito a seus pensamentos confusos. Ainda assim, tenho muita dificuldade em lê-lo. Na verdade estou consultando quase que diariamente postagens, críticas e artigos na internet para compreender melhor a obra. Entratanto, toda essa complexidade incita-me a ler mais e mais Ulisses. Se alguém puder explicar mais coisas sobre a obra, agradeço, pois consultarei concerteza e me ajudará a entender melhor esse maravilhoso livro.
- Desde pequeno, sempre observava comentários acerca desta obra, de como ela é linda, em sua narrativa, mas outrossim, ouvia comentários acerca de suas dificuldades em lê-lo, no entanto, observando seus comentários, algo me fez despertar, de que a minha inércia, está me trazendo prejuizo no que concerne a apreciar uma grande obra.
- James Joyce é um gênio. Um divisor de águas na literatura. Paripasso a Guimaraes Rosa. Não se traduz uma alma.
- Ulisses, seja lá em que má tradução for, ainda não sei inglês pra ler o texto original, configura meu sonho de consumo literário. Muito já li a respeito da famigerada obra do irlandês James Joyce, e devo acrescentar que essa apresentação acima foi a mais animadora a respeito do texto, e não vejo a hora de pôr minhas mãos no livro pra desfragmentá-lo através de meu simplório intelecto de leitor curioso e voraz. Consoante tudo que já li a respeito de Ulysses acredito que sua leitura é uma verdadeira odisséia e se Joyce não escreveu com esse intuito em mente acabou por fixá-lo na obra casualmente. "
James Joyce |
Quando T.S. Eliot afirmou que " Este é o livro ao qual todos somos devedores, e do qual nenhum de nós pode escapar " ... Ele sabia o que dizia ... O livro é simplesmente impressionante... A leitura não é muito fácil, principalmente nas partes onde impera o fluxo de consciência através dos monológos interiores, mas é muito compensativo. Apesar de Leopold ser um herói moderno, ou as avessas como diz Flávio Kothe, ele se assemelha muito ao herói clássico homérico, principalmente quanto suas virtudes, eloquência e intelecto, entre outros atributos.
ResponderExcluirOutra coisa que muito me chamou atenção no livro foi o fato de Leopold desempenhar o papel de flâneur, mas no entanto ser um homem de negócios, preso ao tempo e burguês... Outra vez a inversão ... :)
Ah leiam tbm a Odisséia...
Camilla F.