"O livro "A música no seu cérebro" do produtor musical e pesquisador da Universidade McGill (Canadá) Daniel Levitin explora a percepção musical do cérebro humano. Usando exemplos que vão de Mozart a Eminem, passando pelos Beatles, Jimmy Hendrix e Creedence, o autor faz uma investigação do papel da música ao longo da evolução da espécie humana e da história de nossa sociedade."(Fonte: blogue Pensamentos Fugazes)
A música em seu cérebro
Levitin primeiramente introduz o leitor a diversas características da música e dos sons, garantindo logo no primeiro capítulo que o leitor será capaz de entender o restante do livro, que utiliza bastante do vocabulário introduzido. Baseando-se em grande exemplos do rock, como "Johnny Be Good" e "Light my fire", Levitin explica as diferenças entre acordes maiores e menores, assim como a sonoridades esperadas em harmonias musicais. O fato de utilizar canções bastante conhecidas em seus exemplos facilita a compreensão de sua abordagem científica com relação à música.
Como cientista profissional e músico amador achei particularmente interessante a abordagem utilizada pelo autor ao comparar música e ciência, argumentando em que sentido ambos os empreendimentos são parecidos em sua prática cotidiana. Tanto na ciência quanto na música, argumenta Levitin, existem etapas criativas e exploratórias na busca de idéias, seguidas de etapas de teste experimental e refinamento que são realizadas utilizando métodos já classicamente padronizados. Nas duas atividades são necessárias máquinas e equipamentos adequados que devem ser operados com capacidade técnica exemplar e cujos resultados produzidos são abertos a diferentes interpretações. Cientista e artista vivem sempre em condições de re-execuções, re-interpretações e re-análise dos resultados de seus trabalhos.
Parece-me claro entretanto que a música permite uma maior liberdade de criação do que o empreendimento científico, embora certamente o desenvolvimento de novas teorias em arte ou ciência são custosos de maneira semelhante e exigem grandes genialidades criativas associadas a uma disciplina rígida e empenhada em transformar todo o brainstorm inicial em um produto a ser descrito enquanto artigo científico ou gravação em estúdio.
A obra também nos fornece informações impressionantes sobre a indústria musical, que gera altíssimos dividendos à cultura norte-americana: "os americanos gastam mais dinheiro com música do que com sexo ou remédios", revela Levitin na página 13 de sua Introdução. Assim portanto é possível que os financiamentos e a aposta comercial em músicas que poderão vir a ser de sucesso sejam ainda mais ferrenhas do que aquelas feitas pelas indústrias farmacêuticas, embora talvez um único fármaco provavelmente renda mais do que uma única banda, com exemplares exceções, evidentemente.
Daniel Levitin (1957-) é um psicólogo cognitivo americano, neurocientista, produtor musical, músico e escritor. Tendo iniciado sua carreira como músico e produtor musical, Daniel esteve sempre interessado na forma como os seres humanos compreendem a música, tendo mais tarde em sua carreira decidido tornar-se pesquisador da área de neurobiologia e psicologia cognitiva relacionada à apreensão musical. Com a completude de um currículo em ambas as áreas e notável sensibilidade artística e intelectual, Daniel dá um show de multidisciplinaridade ao apresentar ao leigo informações sobre como compreendemos a música em nosso cérebro de primatas. (Fonte: Pensamentos Fugazes)
"A música no seu cérebro é o primeiro livro a alcançar uma abrangente compreensão da maneira como os seres humanos vivenciam a música e dos motivos que a fazem desempenhar um papel tão importante em nossa vida. Daniel Levitin uniu sua ampla experiência como produtor musical e seus estudos em neurociência e assim desvendou muitos mistérios relacionados ao tema.
Nesta inédita investigação do papel da música na evolução da espécie humana e no cotidiano de cada um de nós, Levitin mescla psicologia, neurociência e exemplos musicais. Ele explica os elementos da música – altura, ritmo, andamento, timbre, harmonia e melodia – e ensina como reconhecê-los O autor ainda revela como os compositores exploram nossa maneira de conferir sentido à realidade para criar.
A olhar científico de Levitin pode ser percebido com a utilização de diversas pesquisas para explicar a percepção musical no cérebro humano. Já seu lado artístico proporciona uma viagem pelos mais diversos estilos musicais: de Bach a Count Basie, passando por Creedence, Van Halen, Mozart e Eminem, o autor mostra que, dos tímpanos até as células que regulam a emoção no interior do cérebro, uma série de atividades cerebrais e, consequentemente, emoções são desencadeadas quando ouvimos música.
Levitin revela como nossas preferências musicais começam a ser formadas antes de nascermos e como a qualificação musical é construída. Apesar da arraigada distinção cultural que prevalece no Ocidente entre os músicos especializados e profissionais e os consumidores, Levitin afirma que todos somos mais capazes musicalmente do que imaginamos, pois nosso cérebro está profunda e diretamente conectado à música.
Respeitados especialistas afirmam que a música é uma espécie de adorno parasita na periferia da natureza humana. Este livro mostra, pelo contrário, que ela é uma verdadeira obsessão no cerne da natureza humana, talvez ainda mais fundamental para nossa espécie do que a linguagem." (Fonte: FolhaOnLine)
Há quem se dedique a estudar e conhecer profundamente, por gosto ou sina - não sei, um só assunto, um só tema, cada vez mais e mais, emburrecendo para todo o resto. A este grupo pertencem os cientistas, os gênios, os prêmio-nobéis. Por outro lado, não tão ao contrário, há quem goste de conhecer um pouco de tudo, às vezes até são capazes de portarem-se como os do grupo anterior em algum assunto, mas é como se tivessem a mentalidade de almanaque, até pejorativamente falando. Este grupo é formado pelas pessoas conhecidas como “cultas”, “instruídas”, que muitas vezes são confundidas com aqueles extintos “sábios” dos livros de história. Mas os “sábios” são quase mitológicos e confesso que nunca conheci um pessoalmente. Mas todos hão de concordar que as pessoas do segundo grupo são muito mais empáticas e divertidas para se “bater um papo” que as do primeiro grupo. E o que dizer do alemão Dietrich Schwanitz?
“Dietrich Schwanitz nasceu em 1940. Estudou Filologia inglesa, História e Filosofia nas universidades de Münster, Londres, Filadélfia e Friburgo. De 1978 a 1997 foi professor de Cultura e Literatura inglesa na universidade de Hamburgo. De 1997 a 2004, data de sua morte, viveu de seu trabalho como escritor. Além deste livro, publicou “Der Campus” (O Campus) e “Der Zirkel” (O Círculo).” Eis a descrição do autor que consta na orelha inicial do livro (516 páginas). E então? Bem. Com um currículo como este, ninguém irá duvidar da capacidade de Dietrich Schwanitz de falar sobre “cultura”, mais precisamente “cultura geral”. Para quem gosta de Literatura, Arte, Música, História, Política, Filosofia, de apenas um, de alguns ou de tudo junto, eis “O Livro” que faltava. Com “Cultura Geral – Tudo o que se deve saber” é possível ao leitor apaixonado por conhecimentos gerais e cultura, finalmente, organizar o que já sabe, aprofundar-se ainda mais em alguns assuntos e enriquecer seu “banco de dados”. Não se trata de esnobismo, querer aparecer, ser mais do que somos, mas este livro é uma ferramenta para tirar muitas dúvidas que persistiam e que achávamos que morreríamos com elas, conhecer o porquê das coisas, pessoas, dos países serem como e o que são. Em linguagem acessível e clara, sem erudição, o autor quer ser compreendido para que seu trabalho tenha resultado. O livro tem 516 páginas, mas está muito bem organizado e dividido pedagogicamente, facilitando ao leitor seguir com a leitura ou retornar para algum assunto que queira rever.
“Cultura Geral – Tudo o que se deve saber” é um livro para todos, mas principalmente para os amantes do “saber” e, claro, para quem lida com o ensino e o conhecimento, os professores.
O próprio autor é quem diz no prefácio endereçado “Ao Leitor”: “Tenho a sensação de que o momento é propício para um livro como este. E acho que os leitores têm direito a ele. Sou solidário com aqueles que buscam conhecimentos e são alimentados com fórmulas prontas: antigamente eu também me sentia assim. Por isso, escrevi o livro que teria sido necessário para mim naquela época – o livro com toda a bagagem que chamamos de cultura.”
Como aperitivo ou... amostra grátis, da introdução do livro, p.XX:
“Inteligência, talento e Criatividade
Nesse capítulo, abordamos sucintamente a discussão atual sobre temas que possuem um papel decisivo para o sentimento de auto-estima de muitas pessoas: inteligência, talento e criatividade. Falamos sobre as diferenças entre criatividade e inteligência, mostramos como funciona nosso cérebro e a existência de cinco tipos diferentes de inteligência.
O que não convém saber
Esse assunto trata daquelas províncias do saber que pertencem ao território da trivialidade e que de preferência deveríamos deixar ocultas, como a visão geral e enciclopédica sobre a vida privada de atores, nobres e pessoas importantes, além de trazer informações sobre as regras referentes às técnicas de comunicação para lidar com conhecimentos marginais, sem interesse cultural, triviais ou absolutamente duvidosos.
O saber reflexivo
Nesse capítulo, mostramos que a formação cultural permite a auto-avaliação. Nesse sentido, fazemos um balanço e sintetizamos o teor do presente livro na seguinte pergunta: o que faz parte da cultura geral?”
“Cultura Geral – Tudo o que se deve saber”, de Dietrich Schwanitz, 2007, editora Martins Fontes, R$82,30, mas parcela-se em até 3 vezes. Acredite! É um bom investimento. Depois, depois conversaremos! Eis um livro que irá marcar sua vida! Leitor antes e “O Leitor” depois da leitura.