No livro “A Prisão”, o autor Percival de Souza faz um retrato dramático, frio e contundente sobre os "moradores" da extinta “Casa de Detensão” de São Paulo, que também foi conhecida como “Carandiru”, por estar no bairro de mesmo nome. O filme "Carandiru" (2003), de Hector Babenco, foi inspirado no livro e em outras informações de Percival de Souza. A Casa de Detensão de São Paulo ficou conhecida como a "prisão-cidade" e “foi uma penitenciária que se localizava na zona norte de São Paulo. Foi inaugurada na década de 1920 e sua construção do engenheiro-arquiteto Samuel das Neves.
A denominação de Casa de Detenção foi dada pelo interventor federal Ademar Pereira de Barros que em 5 de dezembro de 1938, pelo decreto estadual 9.789, extinguiu a Cadeia Pública e o Presídio Político da Capital. Este decreto previa separação de réus primários de presos reincidentes e separação dos presos pela natureza do delito.
Já chegou a abrigar mais de oito mil presos, sendo considerado à época o maior presídio da América Latina. Foi desativado e parcialmente demolido em 2002 no governo de Geraldo Alckmin, no local foi construído o Parque da Juventude.” (Fonte: Wikipédia)
O autor de A Prisão começou no jornalismo aos 17, como repórter do semanário de boxe Ringue, hoje extinto. Ao longo dos muitos anos de profissão — onze dos quais dedicados ao Jornal da Tarde de São Paulo — trabalhou em jornais e revistas como O Esporte, Notícias Populares, A Gazeta, Quatro Rodas, Autoesporte e Mecânica Popular.
Seu aprendizado começou aos 14 anos, como contínuo da redação das Folhas, quando conviveu com alguns dos maiores nomes do jornalismo brasileiro da atualidade.
Paulista de Braúna, pequena cidade do interior, Percival de Souza foi para o Jornal da Tarde um mês antes de seu lançamento. Desde então (dezembro de 1965), passou a se dedicar à reportagem policial.
Hoje, especializado, Percival desenvolve seu trabalho em áreas da Polícia, da Justiça e dos presídios. Essa especialização foi conseqüente de um contato permanente com autoridades de todos esses setores e dos vários cursos — todos relacionados com a criminologia — que realizou.
Percival integrou as equipes do Jornal da Tarde que ganharam, entre outros, três prêmios Esso de jornalismo. Antes de A Prisão, o autor já publicou Mil Mortes — um documeritário completo sobre as atividades do Esquadrão da Morte nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Bahia.
Percival colabora esporadicamente com outros jornais e revistas. Metodista, é freqüentador assíduo dos trabalhos religiosos e integra o Conselho Regional da III Região Eclesiástica da Igreja Metodista no Brasil.
Percival de Souza, o repórter policial que já salvou dezenas de vidas ameaçadas pelo Esquadrão da Morte descreve em A prisão uma “galeria de horrores, com toques de humor e lirismo”.
“A cidade-presídio marca profundamente os seus habitantes — presos e funcionários. A neurose toma conta de muitos deles’.”
“A razão da maioria dos crimes no presídio: matar ou morrer, ter que provar que é homem ou... conformar-se com a situação.”
“Muitos dos que vêm parar aqui, nada sabem de crimes, de estelionato, de entorpecentes ou de pederastia. Mas, na escola que frequentam tudo aprendem. E dela saem sabendo tudo.”
Percival de Souza, hoje é apresentador do telejornal da TV Record e também lançou os seguintes livros: Society Cocaína, Eu, cabo Anselmo, Autópsia do Medo , O crime da rua Cuba, Narcoditadura: o Caso Tim Lopes, O Sindicato do Crime: PCC e Outros Grupos.
Percival de Souza |
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