“Entre no espantoso mundo da antecipação”, convida Isaac Asimov no prefácio desta extraordinária antologia, incentivando assim o leitor a iniciar uma viagem fascinante ao mundo da inteligência fabricada artificialmente. Máquinas que pensam reúne os melhores contos e novelas publicados até hoje sobre robôs e computadores. Começando por “O feitiço e o feiticeiro”(1894) de Ambrose Bierce — uma das primeiras especulações sobre o que poderia ocorrer se o ser humano fosse capaz de inventar mecanismos dotados de inteligência — acompanha-se toda a evolução do medo e fascínio que o homem sempre demonstrou por esse tema tão complexo. Nomes ilustres da ficção científica do século XX, como Lester Del Rey, Harlan Ellison, Poul Anderson e Philip K. Dick, levantam aqui questões polêmicas e dilemas morais que se impõem toda vez que se pretende usurpar o caráter divino da criação. Será possível para uma forma de inteligência desenvolvida artificialmente sobrepujar e até mesmo destruir seu criador? E essa nova forma seria, na essência, boa ou má? Utilizar os recursos da nossa inteligência para obter uma vida mecânica equivale a profanar alguma lei profunda e intocável? Máquinas que pensam mostra como o futuro de ontem — o nosso presente — foi previsto pelos precursores do gênero, escritores que já na primeira metade deste século manifestaram uma visão inquietante e profética. E chega-se ao fim do volume com as estimulantes sugestões dos autores contemporâneos, empenhados em conjeturas sobre o que os robôs e computadores reservam para o futuro da humanidade. Os editores.
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