Calma, calma, já sei, já... sei. Muito provavelmente, alguém que me leia até poderá dizer: “... mas o Lula é estereotipado, caricatural.” Entretanto, ao ouvir isso, me pergunto: até que ponto está sendo sensato ou preconceituoso, e até que ponto nossas próprias ações e as do homem público chamado Lula afetam a sociedade positivamente? Não precisa refletir muito. Certamente, será perda de tempo, dependendo do lado em que se está. Não adianta, Lula se enquadra perfeitamente na categoria: “ame-o ou deixe-o”. E existem zilhões de diogosmainardis espalhados por todos os rincões deste imenso país sem preconceito e britanicamente educado.
Mas não fique frustrado, nem tampouco se constranja em dizer de que lado você está. Seja qual for ele, você não está sozinho. Existem, no mínimo, mais de 36 milhões de pessoas que odeiam o Lula, pelas razões mais variadas e até esdrúxulas, as quais faço questão de mencionar, pois já as ouvi por aí: “não gosto do Lula porque é comunista; é barbudo; é feio; é baixinho; falta um dedo na sua mão; fala com a língua presa e tem uma voz estranha; é nordestino; torce pro Corinthians; é do PT” (sic) e muitos outros pejorativos que não me vêm agora. Posturas carregadas de puro preconceito e desinformação (para não dizer analfabetismo político, pois, com certeza, muitos se ofenderiam).
Por outro lado, para aqueles que simpatizam com a figura do Lula, hoje personalidade mundialmente famosa (para ojeriza de muitos), há mais de 70 milhões de pessoas que o adoram. Então? “That’s it. Take it easy, man! Althought neither everything can be funny”.
Sem preconceito de raça, credo, cor, partido político, mas... também não! O livro não é. Como quiseram parecer que fosse, o PSDB (ex-ala direita do PMDB) e o DEM (ex-PFL, ex-ARENA) e simpatizantes, o livro de Denise Paraná não é instrumento de campanha eleitoral, mesmo porque o presidente Lula não pode mais ser candidato. Na verdade o livro traz no próprio título parte da sua proposta: “o filho do Brasil”. É um retrato de muitos luízes, nordestinos ou não, que passaram por privações e as piores adversidades e sobreviveram. Não há como negar que existem milhões de pessoas que viveram e ainda vivem experiências muito semelhantes às de Luiz Inácio. O Brasil é um país continental e, como tal, cheio de contrastes até hoje. Quem vive a rotina dos Estados do sul (entenda São Paulo para baixo), não faz idéia do se passa no sertão nordestino:
“Sobre o país onde moravam, Lindu e seus filhos sabiam muito pouco, quase nada. O nome do presidente talvez alguém tivesse dito. Não conheciam o mapa brasileiro. Outros países pareciam menos concretos que história de lobisomem. O mundo dos Silva se resumia a sua família, parentes e vizinhos. O lugar mais longe que haviam visitado era Garanhuns, a uma distância de três horas de caminhada. Nunca haviam visto mar, rios, lagos. Conheciam apenas os alimentos do agreste. Não conheciam outras raças humanas.
Para alguns retirantes, São Paulo era a terra prometida do Antigo Testamento, onde todos seriam felizes. Para outros, uma mistura de encantamento e terror. A São Paulo que era para ser luz, a luz no fim do túnel, às vezes se revelava escuridão. Sabiam que a cidade grande tinha engolido homens que nunca mais cuspiu.
Sem notar, Lindu estava repetindo a história de seus parentes europeus. De mãos vazias, deixava para trás sua vida, os amores que nunca mais veria, como sua Mãe Tili, que morreu quatro anos depois.” (p.46)
Há quem entenda que o livro é mais um retrato da bravura de mulher de fibra que foi a mãe de Lula, Dona Lindu. Que lutando contra as piores adversidades, conseguiu criar os filhos e lhes dar uma vida mais digna. O filme é uma reprodução bastante fiel ao livro, mas ler o livro é sempre uma boa opção, antes ou depois do filme.
“Criada numa das regiões mais pobres do país, D. Lindu tinha tudo para ser mais uma nordestina derrotada pela miséria, morrendo ou levando uma vida desumana. Contrariando todas as probabilidades, ela não sucumbiu. Apesar da seca, da fome, do marido violento e alcoólatra, da falta de oportunidades, enfim, de um sem-número de “apesares”, D. Lindu se manteve de pé. Mais do que isso, se converteu em um exemplo de coragem e dignidade para os oito filhos.
Um deles, como a mãe, também recusou o futuro duro e inóspito que o destino lhe reservava. Um menino tímido, que morria de vergonha de falar em público e vivia agarrado na barra da saia de D. Lindu, se tornou, primeiro, o mais vigoroso líder sindical do Brasil, e, depois, um dos homens mais influentes do planeta.
A História de Lula, o Filho do Brasil é o relato verídico e comovente da origem do torneiro mecânico que se elegeu presidente da república, e de como seu amor pela mãe o ajudou a transformar o impossível em realidade.” (contra-capa do livro)
Então, para aqueles que ainda tem interesse em conhecer um pouco mais da origem do homem público chamado Lula, o livro é uma boa dica de leitura. E agora um pouco sobre a autora:
“DENISE PARANÁ nasceu na cidade de São Paulo. É jornalista, roteirista, escritora, doutora em Ciências Humanas pela Universidade de São Paulo e pós-doutora pela Universidade de Cambridge, na Inglaterra.
Ela é corroteirista do longa-metragem ‘Lula, o Filho do Brasil’. Entre seus livros está a biografia autorizada homônima ao filme, publicada em vários países. Segundo o New York Times, “muito do que se conhece do início da vida de Lula vem do trabalho de história oral feito nos anos 90 por Denise Paraná”. (orelha final do livro)
E, para quem prefere biografias interessantes de “outras” personalidades, vai aí: “O Mago”, biografia de Paulo Coelho, de Fernando Morais; ou “Frente e Verso”, autobiografia da empresária Lucília Diniz; ou até “Caminhos e Escolhas” de Abílio Diniz (dono do Grupo Pão de Açúcar). Seja qual for a sua preferência, nunca deixe de ler... pois “Livros” são ótimas companhias: “Dize-me com quem andas, que te direi quem és!”
Primeiramente, parabenizo a autora Denise Paraná, pelo livro Lula, o filho do Brasil e o autor deste artigo. Vocês são brilhantes e estão atuando em tempo real, quanto ao registro da História Contemporânea Brasileira para a posteridade. Isso ninguém duvida nem questiona. Não podemos ver o Brasil com olhos partidários, muito menos com o olhar do PSDB, DEM e outros de direita, pois são estas pessoas que atrapalharam no passado e ainda atrapalham o desenvolvimento do País além de tentarem confundir a população nos processos democráticos. Na realidade este pessoal poderia muito fazer o que Lula fez e deixou o tempo passar, ignorou a população, não considerou as diferenças e triunfou na miséria. Só que Deus existe e é grande. Então com o advento da era Lula e durante este oito anos, o Brasil e os tantos brasis passaram a conhecer a cultura da transformação, para o desespero dos direitistas da oposição. Trata-se da Cultura da Transformação da qual o Professor Antônio Cândido argumenta magistralmente na sinopse da terceira edição de Lula, O filho do Brasil.
ResponderExcluirLeciono Língua Portuguesa para estrangeiros e tenho pautado minhas aulas, assuntos relativos ao Brasil e recentemente inclui o livro de Denise Paraná acima citado. Meus alunos consideram muito todas as informações desta obra e buscam cada vez mais entender detalhes sociais de nosso País. Se antes o Brasil entrara em voga mundo afora, durante o Governo Lula, o Brasil, país emergente ainda mais se estabilizou e se consolida como pauta em tantos países no mundo, seja como opção turística intensificada, ou seja, como fonte para investimentos.
Primeiramente, parabenizo a autora Denise Paraná pelo livro “Lula, o filho do Brasil” e o autor deste artigo. Vocês são brilhantes e estão atuando em tempo real, quanto ao registro da História Contemporânea Brasileira para a posteridade. Isso ninguém duvida nem questiona. Não podemos ver o Brasil com olhos partidários, muito menos com o olhar do PSDB, DEM e outros de direita, pois são estas pessoas que atrapalharam no passado e ainda atrapalham o desenvolvimento do País, além de tentarem confundir a população nos processos democráticos. Na realidade este pessoal poderia muito fazer o que Lula fez e deixou o tempo passar, ignorou a população, não considerou as diferenças e triunfou na miséria. Só que Deus existe e é grande. Então, com o advento da era Lula e durante este oito anos, o Brasil e os tantos brasis passaram a conhecer a cultura da transformação, para o desespero dos direitistas da oposição. Trata-se da Cultura da Transformação da qual o Professor Antônio Cândido argumenta magistralmente na sinopse da terceira edição de “Lula, O filho do Brasil”.
ResponderExcluirLeciono Língua Portuguesa para estrangeiros e tenho pautado, em minhas aulas, assuntos relativos ao Brasil e recentemente inclui o livro de Denise Paraná acima citado. Meus alunos consideram muito todas as informações desta obra e buscam cada vez mais entender detalhes sociais de nosso País. Se antes o Brasil entrara em voga mundo afora, durante o Governo Lula, o Brasil, país emergente ainda mais se estabilizou e se consolida como pauta em tantos países no mundo, seja como opção turística intensificada, ou seja, como fonte para investimentos.
A profesora Denise deu a larga,espero que mais acadêmicos,reflita sobre o tema e produza trabalho de análise,sem paixões e sem precoceito. A academia deveria reconhecer que na nossa história o Brasil sempre foi governado por bachareis e nunca realizaram um governo favorável a maioria mais pobre.
ResponderExcluirmoacirtrindade@ig.co.br
O homem que pos o adimiravam mais demostrou que a realidade é outra e provou e hoje os que diziam poderosos ficam a bajular pois capasidade é coisa de pocos e o recomesimento tenhe que ser de todos vc comcegio vc venceu e provo a eles que é competente, umilde e seu nome é luiz um nordestino sim mais cidadão da mesma forma que eles hoje bajulado por todos que o qriticou não esqueça diço compaeiro
ResponderExcluir